terça-feira, 29 de outubro de 2019

UERN TV


Em  20 de setembro de 2014, começava o sonho de muitos estudantes do curso de Comunicação Social: a criação de uma TV da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Idealizado pelo professor FABIANO JOSE MORAIS AS SILVA, o projeto tem envolvido os graduandos com a prática do telejornalismo.
 “A Uern TV surgiu com a proposta de envolver os estudantes do curso de Comunicação na prática laboratorial do telejornalismo, assumindo um espaço importante na narrativa jornalística potiguar. Em pouco tempo, com muito envolvimento dos alunos, apoio importante da Universidade, e parcerias regionais e nacionais, o projeto cresceu e hoje caminha para a consolidação da Uern TV como a TV Universitária da UERN. Um projeto sonhado pelo professor Fabiano Morais, que hoje está se estruturando como um veículo marcado pelo respeito do público e a pluralidade do seu conteúdo”, Esdras Marchezan, subchefe de Gabinete, responsável pela Uern TV.
A UERN TV funciona com uma equipe composta por estagiários, voluntários e técnicos. O conteúdo da TV é transmitido pelo canal 21 da TCM. Os vídeos também podem ser acessados através do canal no Youtube

FABIANO JOSE MORAIS DA SILVA


Possui graduação em Comunicação Social pela Universidade Estadual da Paraíba (1995) e mestrado em Pós-Graduação em Comunicação Social pela Universidade Federal de Pernambuco (2010). Atualmente é Professor Adjunto III da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) e Doutorando em Geografia pela UFPE. Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em Radiodifusão, atuando principalmente nos seguintes temas: documentário, narrativas audiovisuais, jornalismo esportivo, radiojornalismo, telejornalismo. Colaborador do Canal Futura, RJ.

ENTREVISTA COM FABIANO MORAIS


Visando levar o seu conteúdo para um público mais abrangente, a UERN TV está não só na televisão, está representada também ativamente nas redes sociais. Com dois anos de fundação, a UERN TV busca uma conexão entre universidade e população, na cidade de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Um de seus idealizadores, Fabiano Morais, coordenador da UERN TV, nos deu uma entrevista contando um pouco mais sobre sua experiência e os desafios de fundar uma TV em uma Universidade.
Há quanto tempo a TV UERN existe?
Fabiano Morais: A UERN TV existe desde o dia 20 de setembro de 2014. Então, nesses dois anos de fundação, que é muito pouco para uma TV Universitária, vários projetos já foram desenvolvidos. Podemos dizer que é uma televisão que ainda está dando os primeiros passos, por se tratar de um veículo que exige mais tempo para você ter uma maior desenvoltura.
Como surgiu a ideia de uma TV universitária e qual foi o sentimento após o projeto concretizado?
Fabiano Morais: A ideia da TV Universitária, na verdade, surgiu a bem mais tempo. Se a TV tem 2 anos, há pelo menos 7 anos começou-se a pensar na ideia de uma TV. O curso de Comunicação aqui da UERN tem 13 anos. Então, num amadurecimento do curso, quando estávamos com uns 5 ou 6 anos, começamos a pensar numa TV. E aí, pensamos em qual modelo de TV. Fomos analisar pelo Brasil, participar de alguns eventos e vimos que uma das situações e possibilidades seria uma TV a cabo. Como na cidade de Mossoró existe essa TV a cabo, a gente pensou justamente em ocupar esse canal universitário de acordo com a legislação federal. Começamos a trabalhar e buscar parceria para que esse sonho fosse realizado. E quando isso se concretizou, aí realmente foi muita satisfação para todos do curso de Comunicação Social implantar uma TV universitária.
Qual foi o maior desafio da TV antes de entrar no ar?
Fabiano Morais: O maior desafio da UERN TV, antes de entrar no ar, foi a busca de parcerias. Equipamentos nós tínhamos pouco. Como colocar no ar uma TV se seria exigido mais equipamentos, mais estruturas?! Foi aí que surgiu a ideia de buscarmos a parceria com a TCM, que é a TV Cabo Mossoró e que tem como proprietário o ex-reitor da Universidade. Então o diálogo foi fácil de certo modo e através da sessão de alguns equipamentos, principalmente para o master [setor de controle], para a transmissão, foi quando conseguimos viabilizar a ideia de colocar no ar o canal universitário.
Qual o papel da TV universitária na sociedade?
Fabiano Morais: Entendemos que o papel da UERN TV junto à sociedade é de levar uma programação diferenciada do que se tem na TV comercial, ou seja, a gente prioriza sempre algo que esteja na área da educação e da cultura. Que a gente possa levar à sociedade com informação e com qualidade programas que traçam a reflexão e temas importantes da sociedade. É o que a gente mais tenta, justamente, é evitar uma programação que às vezes não tenha uma devida qualidade para um público universitário e para a sociedade como um todo. Então, a gente zela e prima muito pela questão da educação e da cultura em nossa grade de programação.
A UERN TV tem cobertura em Mossoró. A programação tem conexão, ou seja, busca integrar população e universidade?
Fabiano Morais: UERN TV é transmitida na TV a cabo. A gente sabe que já existe limitação por não ser um sinal aberto, porém, como a TCM aqui em Mossoró tem cerca de 20 mil assinantes, faz com que nosso sinal chegue a muitas famílias, chegue a sociedade de um modo geral. Porém, além do canal 21, que é onde nós estamos sendo transmitidos,nós usamos o YouTube como forma de propagar essa mensagem, com isso, a gente entende que chega de modo mais efetivo junto à sociedade levando nossa programação. Numa programação à la carte, o telespectador e internauta assiste na hora que ele pode, na hora que ele entende que é melhor. Então eu acho que, de um modo em geral, pelo conteúdo que a gente entende que passa para a sociedade, nós estamos integrados e interagindo constantemente com a sociedade através da universidade.
E a comunidade participa diretamente dos programas apresentados no canal?
Fabiano Morais: A comunidade, de um modo geral, participa porque só o fato de ser universidade a gente já tem aí número representativo de vários segmentos. Como nós temos cursos em diversas áreas,temos projetos de extensão e programas que eles estão ligados e aí vão para a sociedade, vão para as empresas,vão para as ruas. Nós temos outras temáticas com outros cursos da universidade que fazem com que a gente tenha essa integração como, por exemplo, a Filosofia,em que temos um programa e que ouvimos constantemente as pessoas, estudantes de escolas públicas...Enfim, entendemos que é importante e necessária essa integração o tempo todo da universidade com a comunidade. 
Além do Departamento de Comunicação Social, DECOM, quais outros departamentos participam da UERN TV?
Fabiano Morais: O Departamento de Comunicação Social da UERN é quem gere a TV Universitária. Porém, através de projetos de extensão, nós conseguimos chegar a outros departamentos como, por exemplo, o departamento de Ciências Contábeis. Nós temos um programa chamado “Finanças em Foco”, que é feito por professores e alunos do departamento em conjunto com os nossos alunos. É um projeto de extensão que permite que alunos bolsistas dos dois departamentos façam essa integração. Acontece também com outro departamento de Filosofia,em que a gente exibe mensalmente um programa chamado “Filosofando”. Então, é uma integração da mesma forma com esse departamento. Além disso, temos outros projetos de extensão com outros departamentos como de Música e de Medicina, são departamentos que de certo modo interagem com a gente, isso em termos de projetos oficializados. Fora isso, temos constantemente abordagens com outros departamentos em que a gente está sempre mostrando eventos, elaborando reportagens. A integração com outros departamentos é sempre contínua dentro da UERN TV.
Qual a maior preocupação que as TVs universitárias têm quando levam a informação ao público e como as redes sociais se encaixam nesse contexto?
Fabiano Morais: Eu acho que a maior preocupação que as TVs Universitárias devem ter quando leva a informação ao público é com a qualidade, é com zelo na informação, é com o tipo de abordagem. Porque é interessante a universidade, através de uma TV, levar a informação que faça com que o cidadão possa refletir. Possa debater temas importantes não só no âmbito local, mas, no âmbito nacional. Eu acho que a obrigação da universidade é fazer com que essa informação chegue com qualidade. E, para isso, um grande aliado são as redes sociais, que vai permitindo com que as pessoas saibam que nós estamos levando essa ou aquela informação. Ou seja, hoje as redes sociais funcionam como um grande enlace para a programação na própria TV. Tanto é que, às vezes, temos a certeza que mais pessoas visualizam nossas produções pelo YouTube do que propriamente pelo canal a cabo. Então é uma nova fase que vive a televisão de um modo geral e que a gente tenta fazer essa aliança e estar antenado com o que acontece. 
O que vocês da UERN TV planejam para o futuro? Quais projetos podem ser previstos para 2017?
Fabiano Morais: Atualmente a universidade, através da TV, tem projetos e parcerias com algumas outras TVs e também com fundações, como é o caso da Fundação Roberto Marinho,em que a gente tem uma parceria já de dois anos com o Canal Futura.Também temos uma parceria com a TV Universitária da UFRN, com a qual nós produzimos um programa para a TV Brasil semanalmente que é o “Tela Rural”. Nós temos a nossa programação sendo retransmitida na TV Assembleia do estado do Rio Grande do Norte, sediada em Natal, na TV Câmara aqui na cidade de Mossoró e, fora isso, emitindo e enviando algumas de nossas produções para outras TVs universitárias do Brasil. Para 2017,nós pretendemos ampliar os projetos que temos em termos nacionais como o Canal Futura e também com a TV Brasil. E, em 2017, deve ser efetivado um convênio com a fundação Padre Anchieta, em que a gente deve participar com produções na TV Cultura de São Paulo. Então, a gente sempre está pensando na possibilidade de ampliação e efetivação desses convênios que fazem com que a nossa produção possa sair de Mossoró, do Rio Grande do Norte, para alcançar todo Brasil.
Quais os desafios de integrar uma TV universitária numa Universidade?
Fabiano Morais: Os maiores desafios de integrar uma TV universitária dentro da universidade são referentes a questão orçamentária. Hoje se sabe que as universidades tanto estaduais quanto federais passam por uma enorme dificuldade financeira. Então aqui, no nosso estado, não é diferente. O estado vive uma crise sem precedentes e isso chega diretamente na universidade. E, no caso da TV Universitária, como a gente tem poucos recursos, a dificuldade de comprar novos equipamentos, de fazer planejamentos para viagem,às vezes impede um pouco o nosso crescimento. Então entra o fator criatividade, a gente busca parcerias para que a gente não deixe de fazer produções por causa dessas situações complexas financeiras dentro do próprio estado. A questão orçamentária é a maior dificuldade, hoje, para quem faz uma TV Universitária pública no Brasil. 
Como a UERN TV  lida com internet e como funciona a programação do canal durante a semana?
Fabiano Morais: Durante a semana, a UERN TV tem uma programação exibida toda segunda-feira, geralmente uma programação de 3 horas. Uma programação inédita das 18h da noite até as 21h e com reprise na quinta-feira. Essa programação, quando não está com a nossa local, está sendo transmitida pelo Canal Futura. Então, é uma forma que a gente encontrou de ter um grande parceiro, com uma programação de qualidade. Porque o que o Futura faz é semelhante ao que nós tentamos fazer aqui, ou seja, levar a educação, levar novas linguagens, novas narrativas de TV e isso tem permitido que a gente esteja em sintonia. E para isso, a gente tem um grande aliado, para poder mesclar tudo isso, que é a internet. Sem ela hoje, realmente, a gente não conseguiria ter a propagação que nós já tivemos em pouco mais de dois anos. Ela é fundamental para o crescimento através da divulgação e da marca UERN TV. Para que a sociedade possa ter conhecimento do que é essa TV Universitária da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
Como é a forma de financiamento da TV em tempos de crise e, além da TV Futura, quais são seus outros parceiros e o papel de cada um para o projeto UERN TV?
Fabiano Morais: A forma de financiamento hoje da UERN TV praticamente inexiste. Porque os projetos cada vez mais estão escassos de conseguir editais e viabilidades e, internamente, esse dinheiro praticamente inexiste. Então a forma que a gente tem encontrado é a busca por apoios culturais. Empresas locais que, em troca de algum serviço para a UERN TV, entra com o apoio cultural deles em algum programa como pede a legislação federal. Então, a gente tem encontrado, dentro desses parceiros, uma forma da gente conseguir alguns recursos. E outros são dos próprios recursos internos de projetos que circulam na universidade como por exemplo o Pibid [Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência] e o Parfor [Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica]. Então esses projetos, geralmente tem uma verba para a produção de documentários de um material audiovisual. Então, em vez dos programas contratarem uma produtora externa, nós temos feito uma parceria para que esse recurso fique dentro da própria TV e, com isso, a gente vai conseguindo comprar alguns equipamentos, sempre tentando aliar com outros projetos federais como emendas de bancadas e outros que a universidade participa através de convênios. Então é dessa forma que a gente tenta viabilizar os recursos para o crescimento da UERN TV. 
FONTE TV UFAM

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É PRECISO SABER USAR DA LIBERDADE. COM ELA CENSURAMOS OU APLAUDIMOS O QUE DEVE SER CENSURADO E O QUE DEVE SER APLAUDIDO. MAS NÃO PODEMOS ABUSAR DESSE PRIVILÉGIO PARA ASSUMIR ATITUDE QUE NÃO CONDIZEM COM A CIVILIDADE OU COM A DECÊNCIA. VERIFICAMOS QUE A IMENSA MAIORIA DOS ÓRGÃOS DE COMUNICAÇÃO PERTENCEM A GRUPOS POLÍTICOS, DAÍ AS "INFORMAÇÕES" NA MAIORIA, NÃO POLÍTICAS E SIM, POLITIQUEIRAS, OU SEJA, UM GRUPO QUERENDO DERROTAR O OUTRO. É UMA VERGONHA! QUEM ESTÁ NA SITUAÇÃO, O POLÍTICO PODE SER O PIOR DO MUNDO, MAS PARA EMPREGADO ELE É O DEUS DA TERRA; NO LADO DA OPOSIÇÃO, O RADIALISTA OU JORNALISTA PASSA PARA A POPULAÇÃO QUE O GOVERNO NÃO FAZ NADA, PORÉM, NO INSTANTE QUE O PODER EXECUTIVO PASSA A INVESTIR NO TAL MEIO DE COMUNICAÇÃO, ATRAVÉS DE PROPOGANDA OU DAR UM CARGO COMISSIONADO AO DONO, AÍ, LOGO JORNAL, A EMISSORA E A TELEVISÃO MUDA O DISCURSO. DAÍ, COMO FICA O COMUNICADOR QUE ANTES FALAVA MAL DE TAL POLÍTICO, TER QUE PASSAR A ELOGIÁ-LO!!!